sexta-feira, 2 de abril de 2010

Entrevista relativa ao tema “Obsessão pela imagem - uma nova epidemia”


Entrevistada – Psicóloga Lúcia Pereira
Entrevistador – Grupo Ax2
P) Considera que a imagem é fundamental para a inserção na sociedade?
R) Actualmente a imagem é a marca fundamental para a integração social, sobretudo na camada mais jovem da nossa sociedade. A imagem hoje em dia equivale ao currículo da pessoa.
P) De que forma podemos afirmar que a importância da imagem mudou significativamente ao longo dos anos?
R) Pela mudança ao nível social. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A mudança é inevitável, a todos os níveis, incluindo a mudança na imagem. Assistimos ao aumento dos próprios mass media e das empresas de cosméticos e ginásios.
P) Concorda que os media influenciam os jovens relativamente à imagem física?
R) Sim concordo. Ainda por cima os jovens de hoje em dia são muito influenciáveis
P) É notável que a nossa sociedade por vezes, mesmo sem querer discrimina devido à imagem física?
R) Actualmente foi criado um “estereótipo” de imagem, que inevitavelmente quem não se encontra inserido, fica à margem.
P) Considera que a obsessão pela imagem é responsável pelo aparecimento de distúrbios alimentares?
R) Sim. Faz-se de tudo para atingir os melhores resultados. Há tendência a imitar os modelos de beleza difundidos.
P) Que doenças estão associadas à obsessão pela imagem?
R) Anorexia, bulimia, Ortorexia, vigorexia, muitas vezes levando a depressões.
P) Já lidou com alguém que sofresse de algum distúrbio alimentar causado só por se importar demasiado com a imagem física?
R) Sim, uma adolescente com anorexia
P) Se sim, que métodos utilizou de modo a ajudar a ultrapassar.
R) Terapia a base de conversas, ajudando a que ela própria se queira curar e não ser obrigada.
P) Quanto tempo mais ou menos demora uma pessoa que sofreu algum distúrbio, a voltar ao seu estado psicológico normal?
R) Depende da vontade e da personalidade de cada paciente. E cada distúrbio alimentar tem uma maneira de lidar diversificada, mas pode levar anos.
P) Acha importante que a família de uma pessoa que sofra de algum distúrbio alimentar seja acompanhada psicologicamente?
R) Sim concordo. Para o sucesso do paciente, todos devem apoiar e conhecer a doença.
P) Pedimos para deixar uma mensagem aos jovens, de modo a que estes reflictam um pouco mais no que diz respeito a este tema.
R) Que se respeitem a si próprios, para poderem ser respeitados pelos outros.
P) Há algum comentário que queira acrescentar?
R) Não.

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